No pedaço mais doce do bolo a mordida se antecipa, dentes e língua entram em atrito com o chocolate de maneira bem lenta e sedenta. Vontade incontrolável de saciar tudo que nos falta, tudo que nos seduz, tudo que nos preenche. A gula é o meu pecado capital predileto. Tenho fome de tudo, de pele, de beijo, de saliva, de arrepio, de poesia, de fantasia, sinto sede de vida!
In – e mais um pouco,
Olhos verdes de lua
Pedaço quente do doce
Na mente uma ideia
Outro verso dentro do piano
Ouço rosas vermelhas em meu lençol
Sempre existe mais um pouco
Verso de algodão
Vindo do louco
Louco poeta e seus moinhos