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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Re - Inventado Espaços 14.2, por Therence Santiago


Simples assim; uma mesa de bar, pessoas felizes, coisas rápidas e coloridas, entre um gole e outro o infinito imagético se manifesta, palavras desencontradas de assuntos diversos, vem a comida e todos se interessam pelo cheiro, muito bom, esse foi o sábado passado, Viannas Bar (acho que é assim que se escreve rsrs). É impressionante como pequenas coisas se tornam mágicas (é claro, isso depende de quem está te acompanhando rsrsr, a mim - me cabe um lindo anjo vermelho rsrs). Comemoravam-se os dois anos de um blog legal pra caramba que conheci a pouco, 3 X 30, tal blog me possibilitou uma noite super agradável. Uma gostosa omelete de queijo me serviu como estimulante do meu pecado capital predileto – a Gula! Sim, estou me re-acostumando aos ligeiros, intensos e sempre necessários prazeres da carne rsrs. Viva a Cidade de São Paulo!

“O homem nasceu para o prazer: ele sente-o e não precisa de mais provas. Ele segue assim a razão, entregando-se ao prazer”.
Autor: Pascal , Blaise

“Se perdi os meus dias na volúpia, ah! devolvei-los a mim, grandes deuses para que eu volte a perdê-los”.
Fonte: "A Arte de ter Prazer"
Autor: Mettrie , J.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Re - Inventado Espaços 14, por Therence Santiago


Confesso que estou cansado de escrever sobre coisas complexas, escreverei agora somente sobre as coisas simples da vida. Quero dar outra cara para a minha escrita, vou falar do cotidiano e de seus eternos conflitos, acertos e contradições. Esse final de semana, por exemplo, foi bem intenso rsrs, teatro, cinema, barzinho, (e outras coisinhas mais rsrsr), é impressionante perceber a cidade, realmente São Paulo é uma imensa Babel, e se a percepção está aflorada  e os olhos atentos – pode-se ver de tudo, da mais engraçada bebedeira, a mais intensa sensação de comoção. Estou em fases de sensações, tentando resgatar o que sempre fez parte de mim, a poesia, viva, latente, potente e descontrolada. Nesse exercício assíduo existencial quero me jogar nas possibilidades, quebrei os gessos que me amarravam nas prisões mentais que me condicionaram, estou engajado em um projeto sensitivo – Re- Inventando Espaços e Ouvindo os Sons do Mundo. A vida nos mostra toda hora suas possibilidades, temos o céu e o inferno no mesmo metro quadrado. E é isso que a torna mágica, sua capacidade de adaptação e renovação. Teatros, Cinemas, Bares, Beijos, Pele arrepiada, Suores escorrendo nos Corpos Quentes, Saliva se misturando, Sonhos se encontrando e desencontrando, e outras tantas - coisas, isso tudo faz da possibilidade humana de produzir vida algo intenso e de certa forma cotidiano, fantástico, humano!!!  

"Os vícios de outrora são os costumes de hoje".
Fonte: "Epístolas"
Autor: Séneca

obs: que Deus salve os vícios...


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Re - Inventado Espaços 13, por Therence Santiago


Uma Reflexão Rápida; penso que os tempos atuais está repleto de dilemas, por exemplo, as pessoas sempre buscam a felicidade, no entanto, não sabem onde procurar, sempre querem dar sentido as coisas, no entanto, não sabem o que realmente é o sentido, querem prazeres intensos e continuos, no entanto, poucas conseguem de fato trabalhar suas percepções e sensibilidades. Tenho uma singela sugestão para isso – POESIA, simples, núa e crua, sempre POESIA, de verdade, inteira e vermelha.


Expansão (Therence Santiago)

Na cama o corpo estende
Alonga na imensidão dos sentidos
Expandi na pele branca o arrepio
Brilha a imersão no vermelho
Pinta a tela azul de cabelo
E os lábios encontram a junção
Sexo, amor, imaginação
È a toca do coelho se multiplicando
Música alta tocando
Ao som do mais insinuante Tango
As linguas afoitas vão se encontrando
Falando a mesma coisa,
Sensação, sensação, sensação....


quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Re - Inventando Espaços 12 por Therence Santiago

Noites de Babel

Ando pensando muito ultimamente nos espaços e seus potenciais sentidos. Percebo, no entanto, que muitos deles não são compreendidos ou são dês – configurados esteticamente e conceitualmente. Venho frequentando alguns bares nos últimos tempos, observando muito as pessoas, é impressionante o tanto de coisas interessantes que podemos encontrar em tais lugares, o que mais me chama a atenção é a relação das pessoas com o álcool, como todos precisam de certa forma de se libertar das amarras conceituais e comportamentais, daí talvez a necessidade da bebida, não acho isso errado, pelo contrário, a ideia deve ser mesmo permissão, o problema que vejo na realidade não está no consumo, mas sim na maneira como se consome - não no sentido quantitativo e sim no sentido atrelado as sensibilidades, o álcool deve ser um estimulante no processo e não seu fim, pois, do contrário se tem mais anestesias do que sinestesias. Seguindo o raciocínio, percebo também o surgimento de diversas paixões em tais ambientes, amores eternos que dura uma noite, um beijo, uma pegada de jeito, em fim, breves e intensos momentos, os quais estão repletos de promiscuidades (no sentido legal da palavra). Essa é a questão, como se mensura a intensidade? Como se sabe sobre o amor? Como se entende as pessoas? Uma das coisas mais legais da pós – modernidade está relacionada às diversas possibilidades sensitivas que temos, no entanto, poucas pessoas realmente experimentam a capacidade hiperealizada de sentir de verdade, buscam breves prazeres, os quais quase sempre estão desprovidos de intensidade, de forma e permissão, simples fugas do tédio que as consomem. Existe poesia em tudo, basta só trabalhar a pele e a visão para isso, essa é a ideia, sensação, nem que seja barata, profana ou depravada, o que importa é sentir de verdade.



Juras secreta 18
Artur Gomes


te beijo vestida de nua
somente a lua te espelha
nesta lagoa vermelha
porto alegre caís do porto
barcos navios no teu corpo
peixes brincam no teu cio
nus teus seios minhas mãos


e as rendas íntimas que vestias
sobre os teus pêlos ficção
todos os laços dos tecidos
e aquela cor do teu vestido
a pura pele agora é roupa
e o baton da tua boca
e o sabor da tua língua
tudo antes só promessa
agora hóstia entre os meus dentes
para espanto dos decentes
te levo ao ato consagrado


se te despir for só pecado
é só pecar que me interessa





domingo, 3 de outubro de 2010

Re - Inventando Espaços 11, por Therence Santiago



Elogio ao sonho de Alice

Hoje assisti Alice no País das Maravilhas, genial, me aquece a ideia de queda dentro de uma toca da imaginação. Estou estudando atualmente artes plásticas, e o abstracionismo está me possibilitando viagens fantásticas dentro da minha imaginação e sensibilidade, estou seguindo o coelho e me teleportando com o gato, meu louco chapeleiro me mostra que a verdadeira forma de viajar está dentro de nós e que é muito tênue a linha que separa o sonho maravilhoso do pesadelo mais terrivel. Dentro das descobertas que podemos fazer em nossos diversos mundos, a mais fantástica creio eu, atrela-se a construção e/ou des – construção das amarras mentais que nos preendem. A hiper – realização do chamado mundo real pode ser encarada de maneira criativa e mais colorida, (que os filosofos pós – estruturalista me perdoem), o fato é -  o abstracionismo está me seduzindo de tal maneira que sinto diversos mundos dentro de mim querendo explodir, minhas telas estão sendo o canal para isso, sendo assim, ofereço um brinde ao que realmente nos torna humanos – a capacidade de sairmos da superficie das vontades rápidas e a violenta queda vertiginosamente apaixonante pela toca do coelho!!!

"A arte serve a beleza, e a beleza é a felicidade de possuir uma forma, e a forma é a chave orgânica da existência; tudo o que vive deve possuir uma forma para poder existir, e, portanto, a arte, mesmo a trágica, conta a felicidade da existência".

Fonte: "Doutor Jivago"
Autor: Pasternak , Boris