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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Re - Inventado Espaços 20, por Therence Santiago




Ontem foi um domingo bem legal, futebol e churrasco. Em Ermelino Matarazzo rolou o futebol, e no Limoeiro o churrasco, estava cercado de amigos, bebendo e me divertindo. Ali, todo mundo sendo o que realmente é - esse dia me marcou porque a caminho do Limoeiro pode ver coisas que me lembraram a minha infância, a molecada jogando bola na rua, pessoas sentadas na porta de suas humildes casas vendo outras pessoas passarem, crianças brincando com que têm - felizes e verdadeiras (pipas e mais pipas no céu), aquela típica confusão gostosa de um domingo no Lado leste. Tudo isso me fez lembrar de onde eu realmente venho, hoje sou um Professor Universitário (não que isso queira dizer muita coisa rsrss), tenho o titulo de Mestre e provavelmente ano que vem começarei o Doutorado, estudo compenetradamente e intensamente arte, história, filosofia, sociologia, antropologia, literatura, entre outras coisas, no entanto, ontem, senti uma antiga sensação de felicidade que há muito tempo não sentia, a felicidade da alegria de viver, sem necessidade de etiquetas ou rasas e superficiais conversas sofisticadas, simplesmente a idéia de um dia de sol, e a possibilidade de vivenciar a simplitude maravilhosa da complexa arte de viver. Não quero fazer aqui uma apologia a periferia ou algo do tipo, pois sei que lá como todos dizem o bicho pega de verdade, mas ontem, um simples e lindo domingo, existia um quadro em movimento sendo pintado em tempo real pelas pessoas em sua autodidata sabedoria em viver. Lembrei-me de quando nessa época de Natal ficava feliz em ganhar um presente qualquer, não importava o valor, tamanho ou sofisticação, o que importava era abrir um pacote de presente. Lembrei-me de como ficava feliz em dias de Domingo, quando meu querido irmão Marco vinha me buscar para jogar futebol, lembrei - me de quando aconteciam as festas na vila onde morava, e todo mundo da família estava lá, falando alto, comendo bastante e rindo muito, como sinto falta dessas coisas hoje, tudo era muito mais simples, enfim, todas as lembranças da minha humilde e intensa infância vieram ontem, naquele lindo e ensolarado dia de Domingo.






Em tempos; e entre tantos contratempos, mesmo assim, quando tem sol, sempre é um lindo dia de Domingo no lado leste.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

                                                     Tela - Jackson Pollock

                                            Tela - Conflitos em várias cores - Therence Santiago

Assisti esse domingo o Filme Pollock, vídeografia de um dos maiores Pintores do século XX, confesso que não consegui tirar esse filme da cabeça. A vida de Pollock como a de tantos outros gênios da pintura foi extremamente conflitante, ao ponto de chegar a tragédia. Mas, o que me chamou a atenção mesmo foi justamente a maneira dele ver o mundo, fantástico. Suas definições de arte moderna são intensas e altamente plausíveis no sentido estético da palavra. Vendo esse filme e juntando com tudo que já li sobre Pollock, percebo que meu raciocínio atrelado aos intermináveis conflitos que a condição humana apresenta possui certos fundamentos. Não por acaso Jackson Pollock e Kandinski serem minhas maiores influências nessa nova empreitada artística que me submeto. Minha arte retrata o que existe de pior e melhor dentro de mim, explosões continuas de sensações, cores e mais cores sobrepostas de diversas maneiras.




"Quando estou a pintar não tenho consciência do que faço. Só depois de uma espécie de 'período de familiarização' é que vejo o que estive a fazer". (Pollock)

publicado no Inverno de 1947-48 no jornal americano "Possibilities"

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Re - Inventado Espaços 19, por Therence Santiago



Simples assim; a arte hoje volta e me tomar, sinto tanto que acho que vou de fato explodir, mas isso é bom, são meus anjos e demônios querendo sair. Nesse eterno e acíclico exercício existencial me ponho à permissão, permito-me sempre um pouco mais de tudo, o copo deve estar sempre intensamente transbordando - amor, ódio, prazer, dor, alegria, tristeza,  amor. Nesse passo meu compasso é marcado ao som do mais puro e furioso Rock and Roll!!!



Elogio ao Delírio (Therence Santiago)

A musica expande / horizontes se abrem ao som da guitarra / é o solo entrando na alma / a musica que toca / toca a pele quente / explode na rima / o desejo secreto de imersão / os sentidos brindam uma outra idade / é o som tocando na vitrola / rock and roll, baby / em alto e bom tom / um pouco de delírio regado a imaginação / a melodia entra pelos pólos / bem e mal se condensam / são as cifras e sinos da aurora tocando / simplesmente liberdade / poesia reverberando....




"O prazer é o primeiro dos bens. É a ausência de dor no corpo e de inquietação na alma".
Autor: Epicuro