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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Re - Inventando Espaços 10, por Therence Santiago




A vida é bem interessante, outro dia conversando sobre viagem com uma pessoa especial, me veio uma idéia na cabeça atrelada a essa questão, penso que, viajar não quer necessariamente dizer que preciso estar fisicamente em outros lugares, nossa imaginação tem a capacidade de transportar - nos para outros tantos lugares o quanto quisermos, por exemplo, estou trabalhando em um lugar hoje bem distante da minha casa, nos caminhos que escolho para ir ao trabalho, percebo do banco da minha moto que posso viajar literalmente e mentalmente dentro da minha própria cidade - posso metaforicamente viajar sem parar, basta apenas ter minha percepção aguçada, por exemplo, posso viajar - admirando uma linda praça, os olhos das crianças querendo os doces, a gota de chuva tocando minha pele, o vento entrando pela viseira do meu capacete, viajar vendo e ouvindo os sons e gestos das pessoas, observando à arquitetura metamórfica da cidade, admirando as cores do cotidiano, sentindo a pele se arrepiando por um simples beijo no pescoço, em fim, a mente que nos leva para onde quisermos, sempre....posso ter um Universo dentro de mim ...em cima da minha moto sempre consigo viajar....a estrada está dentro de nós...

Highway To Hell
AC/DC
Composição: Angus Young / Bon Scott


Autoestrada Para o Inferno
Vivendo fácil, vivendo livre
Em rumo a uma estrada de mão única
Sem perguntas, me deixe viver


Pegando tudo em meu caminho
Não preciso de razão, não preciso de ritmo
Não tem nada que possa fazer
Partindo, é hora da festa
Meus amigos também vão estar lá


Estou na autoestrada para o inferno
Autoestrada para o inferno
Autoestrada para o inferno
Estou na autoestrada para o inferno


Sem sinais de "pare", sem limites de velocidade
Ninguém vai me fazer reduzir a velocidade
Como uma roda, vou girar
Ninguém vai se meter comigo


Ei Satanás! Paguei minhas dívidas
Tocando em uma banda de rock n' roll
Ei mamãe, olhe para mim
Estou no meu caminho para a terra prometida


Estou na autoestrada para o inferno
Autoestrada para o inferno
Estou na autoestrada para o inferno
Autoestrada para o inferno

Não me pare!
Eu estou na autoestrada para o inferno
Eu estou na autoestrada
Eu estou na (autoestrada para o inferno)


Eu estou na autoestrada para o inferno (autoestrada para o inferno)
Yeah, eu estou descendo de qualquer modo
Estou na auto-estrada para o inferno

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Re - Inventado Espaços 09, por Therence Santiago





Overkill
Men At Work
Composição: Collin Hay

Exagero

Não consigo pegar no sono
Eu penso nas implicações
De mergulhar tão fundo
E possivelmente as complicações

Especialmente à noite
Eu me preocupo com situações que
Eu sei que ficarão tudo bem
Talvez seja apenas imaginação

Dia após dia reaparece
Noite após noite a batida do meu coração demonstra o medo
Fantasmas aparecem e somem
Sozinho entre os lençóis
Somente traz irritação
É hora de caminhar nas ruas
Sentir o cheiro do desespero

Pelo menos há luzes bonitas
E embora haja pouca variação
Ela livra a noite
Do exagero

Dia após dia reaparece
Noite após noite a batida do meu coração demonstra o medo
Fantasmas aparecem e somem
Voltam outro dia

Não consigo pegar no sono
Eu penso nas implicações
De mergulhar tão fundo
E possivelmente as complicações

Especialmente à noite
Eu me preocupo com situações que
Eu sei que ficarão tudo bem
É apenas exagero

Dia após dia reaparece
Noite após noite a batida do meu coração demonstra o medo
Fantasmas aparecem e somem





Pois é, preciso dormir um pouco...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Re - Inventando Espaços VIII, por Therence Santiago

Ando a procura dos sons do mundo, dos cheiros da vida, das cores das imagens do cotidiano, e sempre esbarro no exagero, no confuso, no hiper - real, estamos em épocas de Dionísio, não no sentido sensível da palavra, mas sim no sentido intenso e louco da mesma, hoje tudo e muito rápido, incluindo as sensações e os sonhos. Percebo o mundo como um grande supermercado on-line, compra-se tudo sem de fato se saber como é realmente. Estamos na era coisa, coisificamos tudo, inclusive nossa capacidade de sentir, pensar e agir. No mundo digital tudo é flutuante e atemporal, as ‘coisas’ não estão em nenhum lugar e em todos ao mesmo tempo. Vivemos na sociedade da potência, penso que nunca as ‘coisas’ estiveram tão sobre postas como hoje, tão descartáveis, compra-se de tudo - amor, ódio, paixão, desgosto, sexo, etc. podemos chamar tais fenômenos de cubismos pós –modernos.  A textura predominante é sintética, colada, uma espécie de pele fabricada - são como escudos para proteger o ser humano, de seu lado humano, estamos embriagados de digitalidade, a grande rede nos promove um Universo todo de possibilidades a – sensoriais hiper – sensíveis,  pelo menos no sentido concreto da palavra. Não que isso seja ruim, não encaro dessa forma, mas uma coisa é certa, assim o é, tudo descartável, seria uma espécie de entendimento ao avesso da idéia do poeta de ‘que seja eterno enquanto dure’, pois é, vivemos hoje repletos de velozes eternidades!.

Sweet Dreams, by Marilyn Maison
Doces Sonhos (São Feitos Disso)

Doces sonhos são feitos disso,


Quem sou eu para discordar?
Eu viajo pelo mundo e pelos sete mares,
Todo mundo está procurando alguma coisa...
Alguns deles querem te usar,
Alguns deles querem ser usados por você.
Alguns deles querem abusar de você,
Alguns deles querem ser abusados...


Doces sonhos são feitos disso,
Quem sou eu para discordar?
Eu viajo pelo mundo e pelos sete mares,
Todo mundo está procurando alguma coisa...
Alguns deles querem te usar,
Alguns deles querem ser usados por você.
Alguns deles querem abusar de você,
Alguns deles querem ser abusados...


Eu quero usar você e abusar de você
Eu quero saber o que está dentro de você
Conserve sua cabeça erguida, seguindo em frente,
Mantenha sua cabeça erguida, seguindo em frente,
Conserve sua cabeça erguida, seguindo em frente,
Mantenha sua cabeça erguida, seguindo em frente
Conserve sua cabeça erguida, seguindo em frente,
Mantenha sua cabeça erguida, seguindo em frente
seguindo em frente!


Doces sonhos são feitos disso,
Quem sou eu para discordar?
Eu viajo pelo mundo e pelos sete mares,
Todo mundo está procurando alguma coisa...
Alguns deles querem te usar,
Alguns deles querem ser usados por você.
Alguns deles querem abusar de você,
Alguns deles querem ser abusados...


Eu vou usar você e abusar de você
Eu vou saber o que está dentro
Vou usar você e abusar de você
Eu vou saber o que está dentro de você


domingo, 19 de setembro de 2010

Re - Inventando Espaços VII, por Therence Santiago

Acredito nas flores que estão no quadro (Therence Santiago)

As cores na tela
Sem pressa a tinta se mistura
É a pintura surgindo
No lado quente da mente

Os tons se condensando
Dispara a batida do coração
No tempo certo do pincel
A abstrata confecção

O coração cansado tenta
Uma sobre vida
Na difícil lida
Das inúmeras sensações

Existe um universo dentro de mim
Não caibo dentro do que sinto
E se minto é porque quero a verdade
A verdade do que me arrepia

Vivo em constante necessidade
De sentir a pele se aquecendo
sentir a lingua batendo
Na potência da vontade

Não habito esse corpo
Não tenho essa idade
Não sou o que me sobra
Na criação da minha realidade

Pois, acredito nas flores que estão no quadro


The Door´s
Love Street
Rua do Amor



Ela mora na rua do amor
Passa muito tempo na rua do amor
Ela tem uma casa e um jardim
Eu gostaria de saber o que acontece


Ela tem vestidos
E ela tem macacos
Lacaios preguiçosos enfeitados com diamantes
Ela é sábia
E sabe o que fazer


Ela tem a mim e ela tem a você
Vejo que você vive na rua do amor
Há uma loja onde as criaturas se encontram
Eu fico imaginando o que eles fazem lá
Domingo de verão e um ano
Eu acho que gosto disso
Até agora


Ela mora na rua do amor
Passa muito tempo na rua do amor
Ela tem uma casa e um jardim
Eu gostaria de saber o que acontece

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Re - Inventando Espaços VI, por Therence Santiago


Tempo em 3d (Therence SAntiago)



Tempo que mostra a pele quente
Que sente a primavera no inverno
Meio que cria o movimento
Do mesmo tempo que quero

Tempo que passa no espelho
No compasso da boca quente
Pernas abertas ao desejo
Que se esconde no lado de dentro da mente.

Tempo flutuante
Na ilusão real do olhar
Que fita o corpo caliente
Na outra possibilidade de amar.




quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Re - Inventando Espaços V, por Therence Santiago



Ando pensando ultimamente no conceito de relações e dessas com o que se conhece como amor. Penso muito hoje como as pessoas encaram esse fenômeno. O imaginário coletivo se apresenta cada vez mais complexo e rápido. Estamos em épocas de esquecimentos, épocas de imediaticidade. Na realidade seguindo a idéia de Baudrillard realmente estamos vivendo em simulações do real, penso que já não da mais para saber a diferença entre o real e a simulação. Esse raciocínio se estende, por exemplo, também no campo das relações amorosas, sinto que é necessário re-inventar a idéia de amor, pois, a antiga está fracassada rsrs, Nietzsche anuncia a morte de Deus, Foucault do Homem, eu rsrsr a morte do Amor, pelo menos em uma perspectiva tradicional. Li outro dia um artigo de um psicanalista o qual tentava defender a idéia de manutenção da instituição família, dizendo que ela ainda tem vida, pelo menos uma sobre – vida, que as pessoas devem acreditar nela, no entanto, diversas estatísticas mostram que as famílias na concepção tradicional da palavra estão acabando. O mundo na contemporaneidade apresenta quadros conflitantes em se tratando das representações sociais. Estamos na era do descartável, se descarta comida, bebida, roupas, garrafas, aparelhos eletrônicos, sonhos, lembranças, sensações, ternura, pessoas, em fim, se descarta o próprio amor, pois, segundo teorias da pós-modernidade ele de fato não existe. Foucault defende que o sujeito desapareceu junto com seu discurso atrelado a idéia de sujeito, penso que com a morte do homem, o amor se foi também, pelo menos no modelo Platônico. Devemos refletir sobre uma nova estética do amor, tentando re - inventá-lo, tanto em sua forma, quanto em seu espaço existente.        


 Hot Stuff (Donna Summer)

Sittin' here eatin' my heart out waitin'
Waitin' for some lover to call
Dialed about a thousand numbers lately
Almost rang the phone off the wall
CHORUS:
Lookin' for some hot stuff baby this evenin'
I need some hot stuff baby tonight
I want some hot stuff baby this evenin'
Gotta have some hot stuff
Gotta have some lovin' tonight
I need hot stuff
I want some hot stuff
I need some hot stuff
Lookin' for a lover who needs another
Don't want another night on my own
Wanna share my love with a warm blooded lover
Wanna bring a wild man back home

Tradução
Alguém Quente
Sentado aqui comendo meu coração esperando
Esperando que alguma pessoa ligue
Disquei uns mil números ultimamente
Quase arranquei o telefone da parede

(Refrão)
Procurando por alguém quente, baby, esta noite
Eu preciso de alguém quente, baby, esta noite
Eu quero alguém quente, baby, esta noite
Tenho que ter alguém quente
Tenho que ter algum amor esta noite
Eu preciso de alguém quente
Eu quero alguém quente
Eu preciso de alguém quente

Procurando por uma pessoa que precise da outra
Não quero outra noite sozinho
Quero dividir meu amor com alguém de sangue quente
Quero trazer alguém selvagem para casa

Sentado aqui comendo meu coração, sem razão
Não vou passar outra noite sozinho
Disquei uns mil números, baby
Sou obrigado a achar alguém em casa



sexta-feira, 10 de setembro de 2010

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

domingo, 5 de setembro de 2010

Re - Inventando Espaços II, por Therence Santiago


"Não há, na arte, nem passado nem futuro. A arte que não estiver no presente jamais será arte ".
 (Picasso , Pablo)

"Temos a arte para não morrer da verdade" .
(Nietzsche , Friedrich)

"É preciso primeiro encontrar, depois cortar, para chegar à carne nua da emoção".
Debussy , Claude



Os espaços de fato existem para serem reesignificados, segundo a física quântica, tudo está em movimento, nada é estático, partindo dessa idéia, até o imóvel se desloca, as perspectivas possibilitam diversos olhares, os quais acompanham sempre a beleza das cores e o ritmo dos sons, os sons do mundo, sendo assim, é merecida à contemplação a toda ação estética atrelada as formas diversas - a harmonia acíclica se relaciona com as possibilidades de expansão. Existe arte em cada pedaço de coisa...

quinta-feira, 2 de setembro de 2010